Falar da Naiara era para mim como falar de uma filha. Era como lembrar como era bom dançar Xuxa e colocar os bichinhos de pelúcia como platéia...rs
Com o tempo, veio aquela coisa toda chata de gente grande, como o trabalho, os homens e as responsabilidades. E como o maldito ou bendito tempo também traz rupturas, muitas vezes não conseguimos conviver o tempo necessário com as pessoas que realmente amamos.
Sempre a acompanhando de longe vi a pequena caindo, se levantando, escorregando. Vi erros que eu já tinha passado, senti impotência, mas vi muita força de vontade e percebi que normalmente precisamos queimar nossas próprias mãos para sabermos a potência do fogo.
Hoje ainda vejo uma menina que muitas vezes chora porque sabe que é difícil se transformar em muher. Vejo uma mulher corajosa, que assume seus erros com a ingenuidade que apenas os bons tem. Mas ainda vejo uma moleca que resiste ao tempo com roupas e colo.
Mas o que mais me admira é perceber que independente das qualidades e defeitos que o tempo possa lhe trazer, sempre poderemos enxergar nesta mocinha um ser humano com idéias e ideais generosos, alguém que pensa no bem do mundo, no bem de todos...
Rebecca Araujo
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sábado, 3 de maio de 2008
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