domingo, 29 de novembro de 2009

São dois pra lá dois pra cá.

"Sentindo o frio em minh'alma.

Te convidei para dançar.

A tua voz me acalmava.

São dois pra lá dois pra cá.

Meu coração traçoeiro.

Batia mais que o bocô.

Tremia mais que as maracas.

Descompassado de amor.

Minha cabeça rodando.

Rodava mais que os casais.

E o teu perfume gardênia.

E não perguntes mais.

A tua mão no pescoso.

As tuas costas macias.

Por quanto tempo rondaram .

As minhas noites vazias.

No dedo um falso brilhante.

Brincos iguais ao colar.

E a ponto de um torturante,

Band-aid no calcanhar.

Eu hoje eu me embriagando,

De whisky com guaraná,

Ouvi a sua voz murmurando.

São dois pra lá dois pra cá"

Eu

Você, canção do que sonhei;

Você, razão do meu viver;

Você, um jeito bom de mar;

Você, uma luz feliz que sai;

Você, meu som, meu azul;

Você, um jeito bom de calma;

Você, ajudou a limpar minha alma;

Você, querida fonte de sol;

Você, um beijo bom de sal;

Você, queria mais e mais;

Você, uma luz do azul sai;

Você, que não me deixa em paz;

Você, que me traz o amor;

Você, que sempre está no meu pensamento;

Você, que sempre traz bons sentimentos;

Você.

Um Até Logo

Apenas uma dança.

Um Tango ou uma Salsa.

Uma Valsa.

Enganos.

Pedras com juras falsas.

Um depois, outro até logo.

Já vou.

Quem sabe um dia eu volto...

Saudades

Quem sabe do Futuro? quem sabe do que se quer saber? Apenas pedaços ficam, dos quais eu nem sei dizer. Passou e ficou sumiu e resurgiu. Na lembrança mesmo indo e vindo está.

domingo, 22 de novembro de 2009

Soneto de Fidelidade

"De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure."



Vinicius de Moraes

Vômito de palavras

Dizer, o que se pensa, o que se tem na cabeça.

Pensar, o que se pode pensar, o que se consegue assimilar.

Conseguir, o que os sonhos não falam, o que nem mesmo sabemos.

Sonhar, com infinito, o que o destino não releva.

Revelar, o que somos, o que te fazemos.

Fazer, o que se deve, o que não deve ser feito.

Dever, relação de amor e ódio.

Odiar, o tempo passar, as coisas acabarem.

Amar, a mim a você.

Eu, sempre aqui.

Você, sempre longe...

O Guardador de Rebanhos

XLI

"No entardecer dos dias de Verão , ás vezes,
Ainda que não haja brisa nenhuma, parece
Quem passa , um momento , uma leve brisa...
Mas as árvores permanecem imóveis
Em todas as folhas das suas folhas,
E os nosso sentidos tiveram uma ilusão,
Tiveram a ilusão do que lhes agradaria...

Ah, os sentidos, os doentes que vêem e ouvem!
Fôssemos nós como devíamos ser
E não haveria em nós necessidade de ilusão...
Bastar-nos-ia sentir com clareza a vida
E nem repararmos para que há sentidos...

Mas graças a Deus que há imperfeição no Munod
Porque a imperfeição é uma cousa
E haver gente que erra é original,
E haver gente doente torna o Mundo engraçado.
Se não houvesse imperfeição, havia uma cousa a menos,
E deve haver muita cousa
Para termos muito que ver e ouvir..."

7-5-1914
Poemas de Alberto Caeiro - Fernado Pessoa

o Novo, a velha dor.

Um novo olhar, um novo sorriso, outra valsa, uma voz, um encato. Apenas uma Paixão. Temporária? A velha pergunta, e mesma espera, e as mesmas esperanças. Um velho feminino x masculino, simples olhar, uma leve vergonha, uma boa confiança, um misto.
Alguns telefonemas, outras tantas decepções, poucos carinhos, muitas lembraças. Uma porção de sonhos, e vários pessadelos. Alguma afeições, simpatia, implicância, discusão e talvez até uma briguinha.
Algumas noites que não foram consumidas, outras que foram enfetiçadas, um toque de sedução, um toque de mão, um cheiro, uma porção de cabelo, sabores. Mas certa coisa se repete, medo, insegurança, de olhos verdes cristalinos, de sorriso doce, e pele branca e mácia, tato galejado e marcas de tatuagem no corpo de altura média e cabelos curtos, com alguma mistura de inteligência suprema com um tal de burrice interresante. Sensação de domínio mesmo sem saber se posso me controlar, palpitações com um pocado de suor nas mãos. Entre livros e mémorias, catalogações e documentos, entre poeira e amarelado, quem sabe do futuro mesmo aquele que conhece o passado, mesmo aquele que tem consitência no seu presente. Folhetim, que o próprio autor não consegue decidir o fim, uma página que não tem capítulo que não meio e nem fim, apenas um começo incerto e supreendente.
Um encontro de mel com jabuticada, de beleza com esperteza, de dança com violão, de desejo com conversa fiada. Sábio sempre é o poeta que sabe manipular as palavras ao seu favor, sábio é a independêcia se ela é avaliada de maneira correta. Sábio é um conselho certo na hora certa, com tanto que ele lhe diga o que quer ouvir. Gostaria tanto de ouvir palavras de certeza, mas nem mesmo eu as tenho. Que assim seja, mesmo que venha com a Velha dor.

sábado, 26 de setembro de 2009

Intestino

Entranhas, que se perdem entre misturas de sangue, de fezes e gases.

Residuos, líquidos, químicos , orgânicos, restos do que nem lembramos que ingerimos.

Partes, nunca a figura total.

Sujo, asqueroso , coisas.

Massas, sólidos, cremes.

Tudo é teoria.

Até a próxima merda.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Músicas

" Triste viver na solidão, na dor cruel de uma paixão, triste saber que niguém pode viver de ilusão, nunca vai ser não vai dar, uma coração tem acordar"... Que para pra te ver passar, só para se maltratar..."


"Pode serguir a sua estrela o seu brinquedo de estar, fantasiando segredo ao ponto onde quer chegar, o teu futuro é dúvidoso , eu vejo grana eu vejo dor no paraíso perigoso que a pama da sua mão mostrou... Me avise quando for a hora... Me avise quando for embora"

" Tem dias que a gente se sente... como partir ou morreu... A gente quer ter voz ativa e no nosso destino mandar, mas eis que chega a roda a viva...

sábado, 16 de maio de 2009

vidadevivercamará

Não mais que derepente, tudo virou sangue, tudo virou frio e roxo.
Já não era a hora, mas o prato acabou. Tudo fechou e seu coração voltou. Ao bater, seu mundo mudou, seu canto floresceu, o seu olhos se abriram, seu medo cessou e sua vida continuou. De olhar a luz sua retina, orgulho-se da pulsação. Respirou em fim o alívio, e percebeu a tempo, o minutos gastados. Senti-se livre, mesmo que ainda na prisão. Senti-se forte mesmo sem músculos, senti-se tudo o que não tinha, mesmo tento.

E acabou , assim feliz de viver, mas sem saber pra quê.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Retrato

Em um pedaço de papel vejo meus momentos, minhas estórias e historias, minhas lembranças. Minha vida contada sem mim. Um pedaço aqui outro ali, um albúm de coisas, recortes do que eu realmente sou. Meus olhos, meus olhar, meus cabelos mudados. Uma evolução de mim? Um apenas eu envelhecendo? Talvez um ciclo...
Assim? Como posso me lembrar de minha vida por papeis? Sem cheiro sem consistência?

Pedaços isso é um bom retrato.

Sabedoria

Sabedoria, palavra sabia por si só, calma e confortante.
Saber, adquirir, concentrar-se. Mas o que é realmente a sabedoria? Como te-la?
Gostaria de saber tantas coisas mas a única coisa que consigo pensar é que " só sei que nada sei". Oracúlo sábio esse. Incrível saber que nada se sabe, sábio é saber que não dá para saber todas as coisas, nem que tentamos, nem que tivéssemos todo o tempo do mundo saberíamos todas as coisas que gostaríamos de saber. Mesmo se tivéssemos a eternidade, se não tivéssemos que trabalhar, se apenas ocupássemos
todo o nosso tempo nos dedicando aprender saberíamos todas as coisas. Mas com essa conclusão me pergunto como tem pessoas que sabem tantas coisas? Como existem pessoas tão sabias? Como é possível? Mas um mistério da vida? Talvez, mas ainda prefiro pensar apenas que nesse mundo existem pessoas especiais.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Cinza

Tentamos o tempo todo nós expressar, porém será que realmente conseguimos faze-lo?
Estamos em movimento o tempo todo de nossas vidas, afinal quando paramos de pensar? Quando realmente estamos sozinhos? Quando não consiguimos formular o nossos próprios pensamentos sem influencias de outros? Como sabemos quem somos? Quantas pessoas já se perguntaram sobre coisas básicas, como de onde vem todas as coisas ou então quem somos e para onde vamos? Como morremos? Morremos mesmo? Existe vida após a morte? Existe realmente vida? Nunca saberei se o que penso é fruto de minhas, exclusivamente minhas conclusões. Será que existe alguma coisa que nós controla? Será?
Será, de vir do verbo ser, o que sabe quem eu sou. Adimirar todas as coisas, reconhecer que todas as coisas são válidas. Entender o que vivemos, e como vivemos, consiencias dos pensamentos e de seu atos. Vigiai.